A Igreja católica do Rio Grande do Sul dedicou o mês de agosto para refletir as vocações mais significativas na vida de seus fiéis. Depois de algumas décadas esta iniciativa foi assumida em todo território nacional. Em cada semana se comemora e se reflete uma vocação, começando pelo domingo correspondente. Na primeira semana é a vocação dos ordenados, na segunda a família, na terceira a vida consagrada e na quarta a vocação dos fiéis leigos.
O primeiro domingo do mês de agosto é o dia das vocações ordenadas. É comum dizer ser o dia do padre, pois as comunidades tem os padres como uma presença mais intensa e significativa no seu dia a dia. Seguindo a tradição da Bíblia as comunidades cristãs se organizam em três graus de Ordem. Os diáconos são prestadores de serviço às comunidades. Os presbíteros ou padres são auxiliares do Bispo no cuidado pastoral de uma diocese, atuando em muitos lugares, especialmente nas paróquias e o Bispo é o responsável de uma diocese. O Bispo possui a plenitude do sacramento sacerdotal.
O sacerdócio tem três encargos. O primeiro é ser profeta, anunciar e ensinar a Palavra de Deus. O segundo é ser sacerdote, que consiste em celebrar o sagrado e o terceiro é ser pastor e rei. O rei governa e o pastor cuida. Todo sacerdote age não em seu nome, mas na Pessoa de Cristo.
O segundo domingo é dedicado a vocação matrimonial, ou seja, a família. Para a sociedade civil é o dia dos pais, uma comemoração comercial. Para a Igreja é a celebração da família, uma vocação espiritual e religiosa.
Hoje há muitas formas que a legislação sobre a família no Brasil. Para a sociedade existe diversas formas de família. Para a igreja há uma única forma, pois a família está ligada ao sacramento do Matrimônio. Esse sacramento é realizado entre um homem e uma mulher e tem uma dupla finalidade fundamental, a primeira é a manutenção da espécie, o que implica na possibilidade de gerar filhos e a segunda é o bem estar dos esposos. Por isso a Igreja não pode reconhecer como sacramento as uniões de fato hetero ou homoafetivas.
Na visão da fé o casamento é mais que um contrato entre duas pessoas. Ele realiza a União fiel de Deus com a humanidade. Quem realiza o sacramento são os noivos, a Igreja abençoa e se torna a primeira testemunha através de um ministro qualificado. A vida matrimonial é de responsabilidade dos esposos, o que é intransferível exigindo a aptidão para o casamento. Ambos constroem uma vida nova e única. Formar e manter uma família é uma tarefa constante que necessita o apoio a ajuda de outras pessoas e instituições. A Igreja oferece recursos humanos e muitos meios para colaborar com esta vocação pois participa das dificuldades das famílias.
Que Deus abençoes os ministros ordenados e as famílias, que suscite muitas vocações para o sacerdócio e a vida matrimonial.