As colunas da Igreja

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Cônego Alexander Mello Jaeger

Jesus escolheu 12 apóstolos, nem mais nem menos, um número exato. Diversos fatores influiriam para esta composição. Doze era o número das tribos de Israel, 3 e 4 eram números sagrados que somados davam 7 e multiplicados 12. Esses Doze foram as primeiras colunas da Igreja que Jesus fundou. Apesar de ser um número fechado para Jesus nunca o foi para a sua Igreja. Após a morte de Judas Iscariotes foi substituído por Tiago e logo se somou o nome de Paulo, um judeu convertido depois da ressurreição do Senhor. Desde então o grupo dos Doze foi crescendo. Hoje é formado por todos os Bispos e se chama Colégio Episcopal.

No grupo dos Doze Jesus colocou Pedro como o chefe. Para a Igreja sempre há um sucessor de Pedro, que é o chefe do Colégio Episcopal, como Pedro o era dos Apóstolos. Pedro herdou para a Igreja o judaísmo e as formas de administração organizada dos impérios sob os quais a Igreja viveu e vive. Ele é uma das colunas fundamentais da Igreja.

Junto a ele se acrescentou Paulo, um judeu muito importante no seu tempo, seguindo uma carreira promissora no reino de Israel, com uma cultura ampla, conhecedor de várias línguas, cidadão do império romano, um privilégio para poucos estrangeiros. Paulo tornou-se o Apóstolo dos Gentios, divulgou o Evangelho de Jesus para outras culturas na Ásia, África e Europa, dialogando com elas, criando a primeira teologia propriamente cristã. Ele é a segunda coluna mais importante da Igreja.

São Pedro e São Paulo são celebrados no dia 29 de junho. Para a Igreja eles são inseparáveis. A Igreja não seria o que é até hoje se não houvera estes dois Apóstolos.

De Pedro se herdou o judaísmo. As celebrações nas sinagogas, que hoje são os templos que se reúnem em torno das Sagradas Escrituras. Sem Pedro não teríamos a Bíblia. Pedro representa a necessidade de ser uma igreja organizada, com hierarquia, normas e princípios. Pedro nos possibilitou a existência das universidades, dos hospitais, escolas, asilos, creches, paróquias e outras organizações inspiradas no Evangelho.

Paulo abriu a possibilidade do Evangelho dialogar com as culturas, com pensamentos diversos e criar coisas novas. Paulo libertou o Evangelho de uma cultura determinada. Foi o primeiro a escrever em grego, língua depois usado por todo o Novo Testamento.

Desvinculou a fé em Jesus da religião judaica. Proclamou, pela primeira vez, que em Cristo não há diferença entre judeu e grego, homem e mulher, senhor e escravo. Andou por lugares diversos, pregou com uma linguagem adequada para cada cultura, mas nunca deixou de anunciar Jesus e seu Evangelho. É o primeiro cristão como nós o somos, não conheceu Jesus pessoalmente na história, mas o encontrou na fé e o aceitou como seu

Senhor e Salvador. Por isso, para a Igreja, tudo o que acontece no mundo pode e deve ser iluminado pelo Evangelho.
Duas colunas que sustentam a Igreja, sempre firme na fé como Pedro e missionária como Paulo.

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