Tempos de Guerra

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Felipe José dos Santos, advogado.

Mais um indício de declínio do império norteamericano aconteceu no dia 22 de maio, nesta semana. Espanha, Irlanda e Noruega anunciaram que reconhecem o Estado Palestino.

A atitude dos três países é um ato de coragem e de comprometimento com a dignidade humana. O reconhecimento do Estado Palestino é uma forma de dar direitos internacionais para aquela população que está sendo atacada e não tem, sequer, o direito de possuir um exército legal para a sua defesa, enquanto Israel possui reconhecimento internacional, tem status e soberania internacional.

O ataque do exército de Israel contra a população civil da Faixa de Gaza gerou um efeito contrário e demonstrou que os israelenses estão se comportando de forma injusta e contra o direito internacional. Além de desgastar a imagem do povo judeu, que até então era visto como um povo vitimizado pela perseguição durante o holocausto, realizado pelos nazistas alemãos, no tempo de Hitler, a situação fez o mundo ver a desumanidade que está acontecendo contra mulheres e crianças palestinas.

Mais de 140 países já reconheceram o Estado Palestino, inclusive o Brasil que fez esse reconhecimento no ano de 2010. Somente os Estados Unidos e a maioria dos Estados Europeus, assim como o Japão, não reconhecem o direito que os palestinos possuem de ter uma nação institucionalizada.

No tabuleiro de xadrez da geopolítica fica claro que os países do leste asiático estão dando um nó tático nos norteamericanos, pois diversas ações globais estão sendo tomadas em desacordo com as vontades dos Estados Unidos. Agora, nesse exato momento, o exército chinês está cercando a ilha de Taiwan, logo após os americanos terem conseguido eleger um presidente que se opõe à China. O recado do Partido

Comunista Chinês foi parecido com aquilo que Putin fez na Ucrânia, lançando uma declaração em que afirma que se necessário irá tomar a ilha, nem que seja pela força.
Se acontecer em Taiwan o mesmo que aconteceu na Ucrânia, os norteamericanos ficarão completamente desmoralizados. E para não serem desmoralizados pode ser que apelem para uma possível ofensiva que esquentaria mais ainda o clima no planeta.

Somente o tempo revelará o destino dessas nações envolvidas e como os humanos sairão dessas enrascadas diplomáticas e climáticas que nos cercam.

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