Chuva extrema deixa pessoas desalojadas e provoca muitos estragos no Rio Grande do Sul

0
Rio Uruguai, entre Barra do Guarita e Itapiranga, estava na quinta-feira, 2, com quase doze metros acima do nível normal. Fotos: Jardel de Oliveira/AC

Na Microrregião, os eventos climáticos extremos registrados nesta semana, provocaram muitos estragos e prejuízos materiais aos Municípios e à população. Muitas pessoas, que residem próximo a riachos e rios, estão desabrigadas.

De acordo com os Bombeiros Voluntários de Tenente Portela, até as 13 h da quinta-feira, 2, havia chovido 160 mm. Volume que aumentou muito, já que seguia chovendo forte até o fechamento desta edição do Folha Popular.  

Os Bombeiros estão em alerta desde quinta-feira auxiliando pessoas a saírem de suas casas, por causa da água dos Rios Guarita e Uruguai, que subiu muito rápido. Os voluntários da corporação também controlaram o trânsito sobre as pontes do Rio Turvo e do Rio Guarita, que chegaram a ser bloqueadas devido ao grande volume de água dos dois rios, que chegou a passar sobre as pontes.

No interior de Tenente Portela há registros de pontes e bueiros levados pela enxurrada, estradas intransitáveis e pontes submersas. Conforme publicação em rede social, equipes da Secretaria de Desenvolvimento Rural foram deslocadas para o interior para restabelecer acessos e desentupir bueiros nas localidades de Alto Alegre, Alto Cordeiro, Nossa Senhora da Saúde, São Pedro, Esquina Grápia, Linha Pech, Linha Becker e Lajeado Leão, Baixo Azul e Alto Azul.

Ainda foi divulgado que equipes da Secretaria de Agricultura estavam efetuando levantamento e verificação de bueiros danificados e toda equipe da Secretaria de Políticas Estruturantes e Zeladoria trabalhou na limpeza das bocas de lobo.

Em Barra do Guarita, o prefeito municipal, Rodrigo Locatelli Tisott, postou vídeo em sua rede social às 4 h da manhã de sexta- -feira, 3, informando que o nível da água do Rio Guarita subiu muito em pouco tempo e pessoas precisaram ser retiradas de suas residências.

Bar que fica nas margens do Rio, próximo ao porto da barca ficou apenas com o telhado aparecendo. Foto: Divulgação/Leandro Borges

As aulas presenciais no Município foram suspensas em razão da continuação das fortes chuvas e da previsão de grande elevação dos níveis dos rios e da possibilidade de alagamentos, danos e risco de obstrução nas vias públicas.

No Estado, a região do Vale do Rio Taquari voltou a ser duramente castigada e a situação é muito mais grave do que a registrada em setembro do ano passado e Porto Alegre registra a maior enchente de sua história, superada pela de 1941, quando o Rio Guaíba atingiu 4,76 m. O Centro Histórico está alagado e comerciantes e população começaram a ser evacuados diante do risco concreto de rompimento das barreiras, que suportam uma enchente de no máximo 6 m acima do nível normal.

Publicações nos veículos de comunicação de todo Estado indicam que este se trata do evento climático mais catastrófico já registrado no Rio Grande do Sul.

O boletim divulgado pela Defesa Civil do Estado do Rio Grande do Sul atualizado na manhã de sexta-feira, 3, confirmou 31 pessoas mortas, 56 feridas e 74 desaparecidas em todo o estado, por causa das fortes chuvas que atingem a região desde a última terça-feira 30. Há ainda 7.165 pessoas em abrigos e outras 17.087 desalojadas, em 235 municípios atingidos. E como seguirá chovendo até domingo, 5, a tendência ainda é piorar a situação de calamidade já estabelecida em grande parte do território gaúcho.

Hoje, segunda-feira, 6, subiu para 83 o número de mortes no Rio Grande do Sul pelas fortes chuvas. Dados são do boletim da Defesa Civil divulgado na manhã desta segunda (6). No momento, número de desaparecidos chega a 111 pessoas.

O Jornal Folha Popular se solidariza com as pessoas atingidas em todo Estado.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui