Morto ou escondido?

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Caiu mais um avião no mundo, depois da queda do avião do Teori Zavaski e do Eduardo Campos no Brasil. Dessa vez, o avião que caiu foi na Rússia e a grande imprensa afirma que dentro dele estavam os principais líderes e membros do Grupo Wagner, um grupo paramilitar que auxiliou a Rússia na invasão da Ucrânia.

Ninguém sabe o que realmente aconteceu com o avião, se houve alguma falha mecânica, se uma bomba estava instalada no interior do avião ou se um míssil explodiu ao lado desse avião e gerou a queda.

A hipótese da falha mecânica é a mais improvável e com menor adesão pelos inúmeros comentaristas da mídia, tanto ocidental como da mídia asiática. A grande maioria das opiniões levanta a possibilidade de assassinato de Prighozin, mas as versões não são unânimes e as razões também não parecem bem claras.

A história de Prighozin é bastante intensa. Ele era um empresário russo que tinha relação com o governo da Rússia e com Putin. O russo criou um grupo de mercenários e teve importante participação na invasão da Ucrânia. Há relatos de que esses mercenários não seguiam os códigos de guerra delimitados pelas nações; eram um grupo autônomo, com “regras próprias”, mais ou menos como são os milicianos do Rio de Janeiro, que possuem um status de polícia, mas não cumprem as normas sociais.

Esse grupo de mercenários ganhou fama como o “Grupo Wagner”. E há dois meses houve um rumor de que esse grupo havia se rebelado e estaria fazendo uma incursão dentro da Rússia, rumando para Moscou, com o objetivo de depor o governo de Putin. No dia seguinte a essa movimentação, Putin teria sentado com Prighozin e acalmado os ânimos do Grupo Wagner que havia se desentendido com o alto escalão do

exército russo. O Grupo Wagner foi anistiado e mandado para a Bielorrussia, um país que é aliado da Rússia e fica ao norte da Ucrânia, fronteira com a Polônia. Lá o Grupo Wagner estaria treinando tropas da Bielorrússia e, também de lá, estaria coordenando tropas no continente africano com o objetivo de “libertação da África”, por acaso uma demanda que também é de interesse dos russos.

Qual seria o motivo do Grupo Wagner ir para a Bielorrússia? Quais seriam os interesses de Prighozin na África? O que justificaria a revolta interna e a realocação do Grupo Wagner para uma das fronteiras do conflito com a Ucrânia?

Até então, tudo dava a entender que Prighozin era aliado de Putin e estava fazendo uma escaramuça de guerra, criando fatos e narrativas para se deslocar até a fronteira com a Polônia e reorganizar seu grupo de mercenários. Se isso fosse verdade, Putin não teria nenhum motivo para matar Prighozin e os outros líderes do Grupo Wagner. No entanto, se existiu alguma ponta de verdade na insurreição do Grupo Wagner e houve uma quebra de hierarquia, com Prighozin, realmente, afrontando Putin, sua eliminação pela inteligência da Rússia pode ser uma hipótese bem plausível.

Ocorre que toda a mídia ocidental saiu dizendo que essa é a maior das hipóteses e isso cria uma séria dúvida. Não seria a morte de Prigozhin mais um golpe contra Putin? A morte do líder de um grupo afamado na Rússia não traria uma certa desunião dentro do país ou seria um recado para os boicotadores do governo russo? Tudo isso será revelado no futuro, bem no futuro, quando a guerra já tiver acabado e os anais das inteligências das grandes potências forem abertos para as pesquisas dos historiadores.

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