A Cartilha Pré-Natal, Parto e Puerpério para Mulheres Privadas de Liberdade e Parceiros (as) foi apresentada na terceira live do ciclo Saúde da Mulher para além do Sistema Reprodutivo, nesta quinta-feira (23). O ciclo de lives, em alusão ao mês da Mulher, é promovido pela Secretaria Estadual da Saúde (SES) em parceria com a Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA).
O objetivo da cartilha é facilitar o acesso às informações para a qualificação da assistência no período pré-natal das mulheres no sistema prisional. É destinada a todos os profissionais de saúde, de segurança e justiça, trazendo orientações sobre o atendimento, necessidades e direitos.
A publicação será distribuída em unidades prisionais, unidades de saúde da Atenção Primária e rede hospitalar. “O conteúdo contempla as especificidades que envolvem o pré-natal dessas mulheres e orienta as equipes prisionais a fazerem a interface com a rede de saúde para a realização do parto ou atendimento de alto risco”, explica a coordenadora da de Saúde Prisional da SES, Renata Maria Dotta.
Acesse aqui a Cartilha Pré-natal, parto e puérpero para mulheres privadas de liberdade e parceiros(as)
Protocolo de Acolhimento – A experiência exitosa do acolhimento de mulheres no Presídio Madre Pelettier, em Porto Alegre, foi apresentada pela enfermeira Ana Francisca Fontoura, coordenadora das equipes de saúde prisional da Capital. Segundo Ana, a unidade de saúde é o primeiro setor que a mulher que chega no Madre Pelletier passa. “Temos um protocolo de acolhimento, independente de ser gestante ou com alguma doença crônica”, afirma. No caso de possível gravidez, já se inicia o pre-natal. Também já são a aplicados testes rápidos para HIV, hepatites B e C e verifica-se o esquema vacinal.
O Madre pelletier também dispõe de alojamento conjunto para que as mães possam ficar com os seus bebês até uma ano e conta com atividades do Programa Primeira Infância Melhor (PIM).
Promotoras de Saúde – Na Penintenciária Estadual Feminina de Guaíba – PEFG, 13 mulheres privadas de liberdade foram selecionadas para serem as promotoras de saúde e atender outras 350 mulheres nas próprias galerias. As promotoras verificam as necessidades, as demandas e até sintomas e encaminham para a unidade de saúde.
O projeto foi apresentado pela enfermeira Neusa da Silva, gerente da Unidade de Saúde Prisional. A experiência foi implementada a partir da lógica do papel do agente de saúde que está presente e faz parte da própria comunidade, neste caso as galerias onde as mulheres vivem. “Já tivemos um ganho com 100% de tratamento da sífilis e na pandemia de covid-19, as promotoras foram fundamentais para detectar sintomas”, salienta.
Participaram da live a diretora do Departamento de Atenção Primária e Políticas de Saúde(DAPPS) da SES, Tatiane Bernardes, a superintendente adjunta da Susepe, Daysi Vergara, a diretora do Departamento de Tratamento Penal da Susepe, Rita Gracieli Leonardi, e Gabriela Dalengare, enfermeira Sanitarista e Trabalhadora da Política de Saúde das Mulheres do DAPPS.
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