Governo estadual não pretende alterar calendário letivo por causa das enchentes

Secretária da Educação disse que o ano letivo terminará dia 20 de dezembro, conforme estabelecido previamente

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Raquel Teixeira (ao centro, de verde) falou sobre o calendário durante anúncio de investimentos nas áreas da Saúde e da Educação para o enfrentamento da calamidade em decorrência das enchentes. Fotos: Lauro Alves/Secom

Sul 21 – Apesar da paralisação devido a trágica enchente que afetou o Rio Grande do Sul em maio, o calendário da rede estadual de educação não terá alterações e o encerramento do ano letivo será dia 20 de dezembro, conforme previsto anteriormente. A informação foi confirmada pela secretária estadual de Educação, Raquel Teixeira, nesta terça-feira (4), durante anúncio de investimento para a recuperação das escolas atingidas pela enchente.

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O retorno às aulas está ocorrendo de forma diferente nas mais diversas cidades impactadas pela catástrofe climática. Enquanto há escolas que já retornaram às aulas, outras ainda nem têm prazo para retomar as atividades de ensino. Ainda assim, o governo estadual não prevê avançar o calendário escolar até janeiro de 2025.

“Em relação ao calendário, os conselhos Nacional e Estadual de Educação já liberaram o atendimento dos 200 dias letivos, e fala-se no cumprimento da carga horária. É preciso entender que carga horária não é medida por horas. A gente chama de carga horária o conteúdo que precisa ser dado. E há formas alternativas: presencial, vídeo, trabalho de grupo. A rede é um sistema que tem que ser coeso. O calendário está sendo mantido. Não estamos pensando em entrar janeiro ou dezembro adentro porque os professores precisam arrumar a vida deles. Estamos mantendo o calendário normal”, afirmou a secretária.

Casos pontuais poderão ter tratamento diverso. Raquel Teixeira ponderou que, se alguma escola não conseguir cumprir a carga horária prevista do conteúdo até o dia 20 de dezembro, o conteúdo poderá ser retomado em 2025 para então ser finalizado.

 

No colégio Julinho, mobília escolar acomoda desalojados pela enchente e população de rua. Foto: Isabelle Rieger/Sul21

Ainda nesta terça-feira (4), o governador Eduardo Leite (PSDB) anunciou o investimento de R$ 46,6 milhões para a educação após as enchentes que atingiram centenas de escolas da rede pública estadual. Desse valor, R$ 22,1 milhões deverão ser utilizados em ações de investimento e custeio, contratação de serviços e compra de materiais de consumo. Os repasses para as escolas vão variar entre R$ 20 mil, R$ 40 mil e R$ 80 mil, dependendo do impacto em cada uma das 636 instituições escolares afetadas.

Outros R$ 18,2 milhões o governo prevê usar na aquisição de alimentação escolar, beneficiando as 625 escolas mais afetadas e aquelas que estão servindo de abrigo. Segundo o governador, todas as escolas estaduais receberão um valor extra em junho para cobrir possíveis aumentos nos preços dos alimentos.

Para a reposição de mobiliário, serão destinados R$ 6,3 milhões, com 8 mil conjuntos de classe já adquiridos para entrega imediata em 42 escolas de 32 municípios atingidos.

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