Em dois processos judiciais, nove denunciados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) foram condenados por extorsão armada contra comerciantes de Santo Augusto, no Noroeste do Estado. O líder do grupo criminoso recebeu uma pena superior a 30 anos de prisão — 22 anos no primeiro processo e outros oito anos de reclusão no segundo.
As denúncias foram apresentadas ao Poder Judiciário pela promotora de Justiça Lais Saboia Souto, que atua na comarca. Os crimes foram alvo da Operação Emphysema, deflagrada pela Polícia Civil, com apoio da Brigada Militar, em fevereiro de 2024. As condenações ocorreram nos dias 8 e 28 de janeiro de 2025.
Primeiro Processo
No primeiro processo, foram investigados crimes ocorridos em janeiro de 2024 contra diversos comerciantes de Santo Augusto. Os delitos foram praticados mediante grave ameaça e disparos de arma de fogo contra dois estabelecimentos comerciais.
A decisão judicial, proferida em 28 de janeiro, condenou seis denunciados pelos crimes de extorsão armada, posse ilegal de arma de fogo e associação criminosa. O líder do grupo criminoso foi sentenciado a 22 anos, cinco meses e dois dias de prisão. Os outros cinco réus receberam penas entre 11 e 18 anos de reclusão em regime fechado. Além da pena privativa de liberdade, todos foram condenados ao pagamento de multas e indenizações às vítimas.
Segundo Processo
No segundo processo, quatro réus foram condenados em 8 de janeiro pela prática de extorsão armada ocorrida em março de 2024, também contra comerciantes de Santo Augusto. Dois deles cometeram os crimes de dentro do presídio, utilizando videochamadas.
Os quatro criminosos receberam penas entre sete e nove anos de prisão. Um deles cumprirá a pena em regime fechado, enquanto os outros três foram sentenciados ao regime semiaberto, além do pagamento de multa e indenização às vítimas. O líder do grupo, um dos quatro condenados neste processo, recebeu oito anos de reclusão.
O MPRS recorreu da decisão, buscando o aumento das penas e a conversão do regime semiaberto para fechado.
Declaração do MPRS
A promotora de Justiça Lais Saboia Souto destacou a gravidade dos crimes e a importância da rápida resposta judicial:
“As extorsões não intimidaram apenas as vítimas diretas, mas assustaram toda a comunidade santo-augustense. Essa condenação célere, proporcional e exemplar é essencial para a proteção da nossa comunidade, tanto em face dos réus quanto daqueles que se sentem inclinados a praticar delitos. O Ministério Público será incansável contra a criminalidade violenta, visando restabelecer a tranquilidade dos cidadãos.”
Com informações do MPRS e MB Notícias
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