Criminosos estão aplicando um novo golpe em comerciantes que utilizam maquininhas de cartão. Se passando por representantes de empresas de pagamento, eles oferecem falsas negociações para reduzir taxas, mas acabam enganando as vítimas e desviando dinheiro de suas contas.
Uma das vítimas foi a dona de um restaurante, que preferiu não se identificar. Ela perdeu quase R$ 100 mil após cair no golpe aplicado via QR Code.
Como o golpe aconteceu
O criminoso entrou em contato se passando por funcionário do banco PagBank e apresentou uma suposta proposta de redução das taxas cobradas nas transações da maquininha de cartão.
"Disseram que estavam entrando em contato para oferecer novas taxas, uma redução que eu já estava negociando com eles há algumas semanas", relatou a empresária.
Por já estar em tratativas com o banco e perceber que o golpista tinha informações precisas sobre sua conta, ela não desconfiou da fraude. O contato foi feito por um número de WhatsApp com DDD 011, comum em atendimentos comerciais.
De acordo com o especialista em Segurança da Informação, Cristiano Goulart, criminosos podem obter informações pessoais por meio de vazamentos de dados, contatos internos em empresas ou até mesmo por descuidos dos próprios usuários.
No caso da empresária, o golpe foi concretizado após a leitura de um QR Code enviado pelo fraudador.
Após escanear o código pelo aplicativo do banco, o criminoso realizou duas transferências, cada uma no valor de R$ 49.999. Além disso, aumentou os limites da conta da vítima para permitir os saques.
"A gente luta muito para manter um negócio. Pagamos aluguel, contas… Esse dinheiro era para pagar nossas despesas", lamentou a comerciante, que também economizava para uma cirurgia contra o câncer.
O caso foi registrado na polícia, e a vítima busca se reerguer após o prejuízo.
Como se proteger
A delegada Luciane Bertoletti alerta que é essencial desconfiar de links enviados por supostos bancos e sempre verificar para onde o dinheiro está sendo transferido antes de confirmar qualquer transação.
"É comum nesse tipo de golpe mandarem links. Sempre pedimos para as pessoas não clicarem. O QR Code também é um link. Antes de finalizar a transferência, é importante conferir se os dados são realmente do destinatário desejado", orienta a delegada.
Caso ocorra um golpe via Pix, a recomendação é registrar uma reclamação no banco pelo Mecanismo Especial de Devolução (MED), que analisa o caso em até sete dias. Em situações de vazamento de dados pessoais, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) deve ser acionada.
Especialistas reforçam que a maneira mais segura de realizar operações bancárias é utilizar apenas o aplicativo oficial da instituição financeira.
"O ambiente do aplicativo do banco é projetado para ser seguro e minimizar riscos de fraude", destaca o especialista Goulart.
Nota do PagBank
“O PagBank informa que conta com avançadas tecnologias de monitoramento e prevenção de fraudes, além de políticas rigorosas de proteção de dados, que seguem as melhores práticas e legislações vigentes, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Nossa equipe especializada trabalha continuamente para identificar, bloquear e mitigar qualquer tentativa de atividade suspeita ou criminosa em nossa plataforma. Para casos de estelionato, colabora ativamente com as autoridades competentes nas investigações relacionadas a crimes digitais e fica à disposição para fornecer as informações necessárias, dentro do rigoroso cumprimento da lei, visando auxiliar no combate a fraudes e na responsabilização dos infratores.”
Com informações do Observador Regional
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