Situação dos agentes penitenciários e acesso à água foram debatidos na CSSP

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“Estamos muito próximos de colapsar. Encontramos casas prisionais com um colega apenas no plantão, um risco mesmo numa unidade pequena.” A revelação foi feita pelo presidente do Sindicato dos Policiais Penais do Rio Grande do Sul (SINDPPEN/RS), Saulo Felipe Basso dos Santos, na reunião da Comissão de Segurança, Serviços Públicos e Modernização do Estado desta quinta-feira (23).

O dirigente sindical participou do encontro por convite do deputado Jeferson Fernandes (PT), que tem manifestado, reiteradas vezes, preocupação com a situação das penitenciárias gaúchas, marcadas pela superlotação e pelo reduzido número de servidores para atender a massa carcerária. “Além da superlotação, temos ainda o crescimento das facções criminosas dentro e fora das cadeias. Para enfrentar esta questão, precisamos fortalecer o policial penal, evitando terceirizações e regulamentando a função”, defendeu o parlamentar.

O Rio Grande do Sul tem 153 prisões com 44 mil detentos e 6100 servidores. A proporção é de uma cadeia a cada três municípios. “Só lembramos que as cadeias existem quando há um motim ou algum problema sério”, frisou o líder sindical, que pediu um “help para a Assembleia Legislativa para avançar as questões funcionais da categoria”.

Segundo ele, a estruturação da carreira avançou no final do governo passado, mas, “com a troca dos atores do sistema prisional na atual gestão, tudo parou”. Saulo pediu para os deputados intercederem junto ao Executivo para garantir “o descongelamento das vagas do plano de carreira” e possibilitar as promoções e o ingresso de 3800 servidores aprovados em concurso público.

A deputada Delegada Nadine (PSDB) e os deputados Guilherme Pasin (PP), Leonel Radde (PT) e Delegado Zucco (Republicanos) também se manifestaram sobre o assunto.

Escassez de águaTambém no período dos Assuntos Gerais, as representantes do Sindiágua, Franciele Silveira de Menezes e Ângela Deniz Câmara Farias, e a dirigente do Movimento dos Atingidos por Barragem, Alexânia Rossato, falaram sobre os impactos da escassez de água na vida das mulheres. O convite foi feito pela deputada Stela Farias (PT).

Franciele afirmou que a privatização poderá piorar o acesso à água, especialmente, para as mulheres chefes de família em decorrência do aumento das tarifas. Segundo ela, hoje o litro de água tratada pela Corsan custa um centavo para o cidadão. Com a aplicação da tarifa social, a relação é de um centavo para dois litros e meio.

A reunião foi presidida pelo deputado Leonel Radde (PT), vice-presidente do colegiado.

 

Fonte: Agência de notícias – Por: Olga Arnt – Foto: Celso Bender

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