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Morre o homem, nasce o mito

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Visão de Fé

Visão de FéPor: Cônego Alexander Mello Jaeger

11/04/2025 09h34
Por: Júlio Santos
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Por ocasião da trágica morte do Presidente Getúlio Vargas, um importante político gaúcho fez um comentário significativo: morre o homem, nasce o mito. Toda pessoa que deixa um legado histórico e tem o seguimento de discípulos, recebe alterações na sua proposta inicial. Um dos maiores teólogos do cristianismo, Santo Tomás de Aquino, recebe dois adjetivos para definir o seu pensamento: tomasiano é o que ele pensou e escreveu e tomista o que se criou partindo do seu pensamento. Estas são a diferença e semelhança entre o homem e o mito.

Com as religiões acontece algo semelhante. O judaísmo, fundamentado na Lei de Moisés tem variantes, dos ultraortodoxos aos liberais; o islamismo, cujo profeta maior é Maomé, tem três grandes grupos: os sunitas, os xiitas e o sufismo; o cristianismo, centrado em Jesus, teve e tem centenas ou milhares de igrejas e comunidades religiosas, espalhados pelo mundo.

Nos últimos dois séculos se passou a utilizar os métodos científicos para conhecer a história de Jesus. Foi a procura do Jesus histórico. Muitos exegetas, estudiosos da Bíblia, acabaram concluindo que de Jesus permanece somente aquele homem que, nas margens do Lago da Galileia, fez o convite vem e segue-me. Só sobraria a fé. Esta conclusão é exagerada, pois há muitas certezas históricas sobre Jesus.

A entrada triunfal de Jesus em Jerusalém é um fato histórico. Os judeus tinham a promessa bíblica da restauração de Israel como Povo Escolhido. Havia muitos modos de interpretar como e o que seria essa nova realidade, chamada tempo messiânico.  Alguns esperavam o cumprimento rígido dos mandamentos e normas, outros a pureza na liturgia do Templo e um rei que expulsaria o poder dos romanos na Palestina, e havia ainda outras expectativas.

Jesus preenche todas as expectativas, mas de um modo diferente das interpretações. Nada do que Jesus diz ou faz não está presente no Antigo Testamento. A Igreja católica, na sua liturgia, coloca textos veterotestamentários, salmos, ao lado do Evangelho, para melhor compreender o que se quer dizer. Jesus entra em Jerusalém sendo aclamado como rei. Em poucos dias muda completamente a atitude das pessoas. O Nazareno prega o amor e a misericórdia e não mobiliza um exército armado para lutar contra o inimigo. Antes, ele pede para rezar pelos inimigos. A sua morte redentora na cruz realiza de modo definitivo o sacrifício oferecido no altar do Templo. Jesus é, ao mesmo tempo, profeta, rei, sacerdote, altar e oferenda sacrifical.

Somos convidados a participar das celebrações da Semana Santa, que começa nos Domingo de Ramos e acompanhar Jesus.

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