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Coluna

O novo paradoxo quântico

Coluna

De Olho na Ideia

De Olho na IdeiaPor: Felipe J. dos Santos

09/05/2025 10h00
Por: Júlio Santos
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Desde os primórdios da ciência, a humanidade busca compreender as leis que regem o universo. A física clássica foi essencial para explicar fenômenos cotidianos, mas, no século XX, a física quântica surgiu como um novo paradigma, trazendo consigo conceitos que desafiaram a lógica tradicional. Com ela, surgiu também a computação quântica, uma tecnologia que utiliza os princípios quânticos para revolucionar o processamento de dados. No entanto, essa revolução também carrega um novo paradoxo, colocando em xeque nossa compreensão da informação.

A física quântica estuda partículas subatômicas e seus comportamentos estranhos, que diferem da física clássica, trazendo termos como superposição, que acontece quando uma partícula pode estar em múltiplos estados ao mesmo tempo, até ser observada, e emaranhamento, quando duas partículas podem se conectar instantaneamente, independentemente da distância entre elas.

Esses fenômenos desafiam nossa percepção de realidade. No nível quântico, a certeza desaparece e dá lugar à probabilidade, o que gera questionamentos sobre a natureza da informação.

A computação clássica usa bits, que assumem valores de 0 ou 1. Já a computação quântica utiliza qubits, que podem existir em superposição, assumindo simultaneamente 0 e 1. Isso possibilita cálculos massivamente paralelos, acelerando processos que levariam milhões de anos em computadores tradicionais, facilitando a simulação de moléculas para a descoberta de novos medicamentos, aprimorando ou quebrando a segurança digital via criptografia quântica, e resolvendo problemas matemáticos complexos em tempo recorde.

Contudo, essa nova forma de computação traz um paradoxo: se a informação pode existir em múltiplos estados simultaneamente, como garantimos sua confiabilidade? Além disso, se o emaranhamento permite conexões instantâneas, o que isso significa para o conceito tradicional de comunicação?

A computação quântica desafia a forma como concebemos a informação. Antes, acreditava-se que um dado precisava estar em um único estado definido para ser confiável. Agora, a superposição indica que a informação pode existir e não existir ao mesmo tempo, dependendo da observação. Isso levanta questões:

A física quântica e a computação quântica representam uma mudança radical na forma como lidamos com a informação e o processamento de dados. O novo paradoxo reside na incerteza sobre o que é verdade e na redefinição dos conceitos clássicos de comunicação e armazenamento. Embora a computação quântica traga soluções revolucionárias, ainda há desafios teóricos a serem superados. O futuro da tecnologia quântica promete transformar nossa relação com a informação, mas também nos força a reimaginar os fundamentos da realidade.

Podemos estar entrando em um novo momento — mais rápido e lógico ainda — com a junção da computação quântica e da inteligência artificial: um grande salto na capacidade científica da humanidade. Muitas pessoas não vão entender, daqui a alguns anos, o que realmente aconteceu. Pois, se a internet, o celular e outras tecnologias atuais já são revolucionárias, algo bem maior está por vir.

 

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