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Coluna

A fé de Tomé

Coluna

Visão de Fé

Visão de FéPor: Cônego Alexander Mello Jaeger

04/07/2025 14h22
Por: Júlio Santos
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

 O Apóstolo São Tomé tem sua festa celebrada no dia 3 de julho. A tradição lhe atribui a missão na Índia, mas ele é mais conhecido por sua incredulidade na ressurreição de Jesus. Foi necessário tocar nas chagas dos pregos e da lança feitas no Senhor para que tivesse fé. Quando pôde tocar as feridas de Jesus, ouviu a exclamação do Mestre: “Felizes os que creem sem terem visto.”

 Para o Papa Gregório Magno, no século VI, “nada disso aconteceu por acaso, mas por disposição da providência divina. A clemência do Alto agiu de modo admirável, a fim de que, ao apalpar as chagas do corpo de seu Mestre, aquele discípulo que duvidara curasse as chagas da nossa falta de fé. A incredulidade de Tomé foi mais proveitosa para a nossa fé do que a fé dos discípulos que acreditaram logo. Pois, enquanto ele é reconduzido à fé porque pôde apalpar, o nosso espírito, pondo de lado toda dúvida, confirma-se na fé. Desse modo, o discípulo que duvidou e apalpou tornou-se testemunha da verdade da ressurreição.”

 Além de ser uma testemunha da ressurreição, São Tomé personifica uma possível atitude de todos nós. Quantas vezes queremos provas para crer? É verdade que há uma relação entre fé e obras, mas as obras não produzem a fé, pois esta é um dom de Deus. As obras demonstram a fé.

 Há sempre tentações diante da fé. Uma delas é crer em algo apenas espiritual, em outro plano, no qual habita uma divindade inacessível que eventualmente interage neste mundo — algo parecido com magia ou encantamento. Essa fé nega a encarnação de Deus na carne humana, permanente em sua criação. Nessa compreensão, não há necessidade da continuidade da intermediação de Jesus enquanto encarnado. É como se somente o Espírito de Jesus tivesse ressuscitado, e não o seu corpo. A Igreja, como Corpo Místico de Cristo, torna-se desnecessária, bem como os sacramentos. O equilíbrio da fé exige crer na Igreja. 

Outra tentação é entender a ação de Deus como coadjuvante, ou seja, com ela ou sem ela, nós seríamos os protagonistas principais ou únicos. Deus confirmaria apenas os meus planos. Quando isso não acontece, abandono a fé. Deus não teria nenhum desígnio ou plano para mim. Tomé venceu essa tentação, pois reconheceu Jesus como seu Senhor. Há um Senhor sobre nossas vidas.

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