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Coluna

Papa Francisco

Coluna

21/03/2025 12h42
Por: Júlio Santos

Cada Papa deixa uma marca pessoal do seu pontificado na Igreja e no mundo. Alguns com incidência na história, outros atuando internamente na vida da Igreja, ou nas duas realidades. O legado que o Papa Franciso deixará tem pelo menos dois âmbitos fundamentais: o início do processo de reflexão de como a Igreja deve evangelizar no tempo atual, através da sinodalidade,  e ter aprofundado a fundamentação teológica sobre o grave problema ecológico que se começa a viver no mundo.

No final do século XIX o Papa Leão XIII escreveu documentos pontifícios sobre a questão social. Na época o Papa foi criticado, atacado, caluniado e rechaçado por parte significativa da sociedade e por diversas autoridades e grupos dentro da Igreja. Leão XIII considerava legítimo o direito dos trabalhadores se organizarem em associações, como os sindicatos, por exemplo. Havia a reivindicação de trabalho de no máximo 10 horas diárias, descanso semanal e não permitir o trabalho de crianças, algumas com 9 anos de idade. Estas questões hoje são consideradas normativas em nossa sociedade, mas no seu tempo foram duramente contestadas. Muito se contesta do Papa Francisco hoje. Talvez no futuro isto será o normativo na sociedade e na Igreja.

Francisco percebe o perigo de rupturas dentro da Igreja. Por isso convoca um Sínodo, que etimologicamente significa o mesmo caminho, para na Igreja caminhar juntos. O primeiro momento foi ouvir o máximo possível os fiéis.

O Sínodo começou em cada comunidade católica existente no mundo atual. Havia um longo temário de assuntos e questões que foram refletidos e debatidos, cujas conclusões seguiram para as dioceses, que sintetizaram e enviaram as Conferências Episcopais de cada país. As Conferências novamente sintetizaram e remeteram a Roma. Depois de uma organização das respostas foi convocada uma assembleia sinodal em Roma com delegações representantes de toda a Igreja. A assembleia escreveu um relatório final. Deste relatório vai iniciar uma nova fase, que é o retorno às comunidades para dar continuidade ao processo reflexivo na Igreja para se chegar a um caminhar juntos. O Papa Francisco olha para o futuro da evangelização.

Em relação ao segundo âmbito, o da Ecologia, o Papa propõe uma Ecologia integral, tema que a CNBB reflete nesta Campanha da Fraternidade de 2025.

 Sobre este assunto escreverei em um próximo artigo.

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