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INCONGRUÊNCIA ECONÔMICA

Coluna

De Olho na Ideia

De Olho na IdeiaPor: Felipe J. dos Santos

11/04/2025 09h13
Por: Júlio Santos
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

 A prática do “Flood the Zone” tem sido adotada nos últimos tempos em todo o mundo. Steve Bannon foi um dos precursores dessa forma de dar visibilidade a pessoas ou até mesmo esconder situações que podem prejudicar a imagem de políticos ou autoridades. Essa técnica é realizada por meio da sobreposição de informações, “inundando a área”, dificultando o discernimento sobre o que é verdadeiro ou falso, mas criando uma sequência de eventos que colocam as pessoas em evidência.

Trump usa essa estratégia desde o primeiro mandato, sempre fazendo declarações estranhas e agindo de maneira peculiar. Agora, deu mais um passo para “inundar a área”, mas pode estar inundando os Estados Unidos inteiro.

Em mais uma de suas bravatas di árias, Trump resolveu implementar a taxação de produtos do mundo inteiro, preferencialmente da China, com diversas alíquotas para exportação. A taxação sobre a China é a de maior tarifa, cerca de 125%.

Na tentativa de agradar seu público interno, Trump conseguiu criar uma grande demanda para os Estados Unidos, reduzindo o comércio com a China e taxando diversos outros parceiros comerciais.

O mais importante e simbólico nesse ato de Trump é o contrassenso da atitude dos economistas que o apoiam. A taxação é uma forma de protecionismo de mercado para favorecer o mercado interno, recriar empregos e melhorar a indústria e o comércio local. No entanto, esse protecionismo é contra tudo o que os Estados Unidos vinham propondo como teoria econômica até o momento.

Os norte-americanos sempre disseram que a competição regula o mercado, que os melhores devem ganhar, que a mão invisível equilibra a oferta e a demanda, e que o mundo é livre para quem tem mais produto, mais tecnologia e é “mais 
competitivo”.

Com essas taxações, Trump deu um tiro mortal em suas próprias teses econômicas e criou uma grande desconfiança no mercado, mercado esse que ele próprio sempre defendeu, favorável ao cumprimento dos contratos para que as relações comerciais fossem cada vez mais honestas, confiáveis e estáveis. Assim, todos ganhariam.

Nesta semana, ainda, Trump disse a seguinte frase: “Agora é nossa vez de derrotar a China.” Ao dizer isso, Trump cria um paradoxo entre tudo o que os economistas diziam até aqui e a nova prática do governo norte-americano. Até hoje, a regra era favorável ao Tio Sam; agora que estão perdendo o jogo, querem mudar a regra.

Está demonstrado claramente que tudo o que diziam era mentira, pois somente defendiam a liberdade econômica quando tinham a hegemonia científica, financeira e industrial. Agora que estão ficando para trás, vão usar as tarifas protecionistas que sempre contestaram. 

Trump derrubou as máscaras dos economistas do último século e mostrou que o principal problema dos norte-mericanos é a falta de ética e congruência. 

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